segunda-feira, 18 de junho de 2007


PRESENÇA RARA - NETINHO

Vida de sol e praia
Linda presença rara
Navega do norte ao infinito da terra
Tudo fazer agora, fazer amor sem hora
Carrega contigo a beleza da fera


Em cima da prancha o mundo parece menor
Do porto da Barra ao feixe de luz do farol

Livre, no tempo e no espaço
Forte, segura no passo
Mostra teu porte narciso aberto à brisa


Gosto de sal na pele
Onda do mar revele
Imagens da trilha da imensa paisagem
Toda corrente é mansa
Teu coração me encanta
Menina da mará
Ainda é criança...

Em cima da prancha o mundo parece menor
Do porto da Barra ao feixe de luz do farol


Tanto mistério acontece
Quando o dia anoiteçe
Clara... é a hora em que a lua roça a ilha...

De volta para o Futuro




De Volta para o Futuro
(Back to the Future, 1985)
Por Rodrigo Cunha25/12/2005

Uma impressionante obra-prima dos anos 80 que tem de tudo: ação, comédia, romance, diversão e já é um clássico do cinema.


Os anos 80 foram palco de grandes clássicos da história do cinema. Muitas vezes subestimados no aspecto artístico, filmes como Os Goonies, Curtindo a Vida Adoidado, Os Garotos Perdidos, Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida e, é claro, De Volta Para o Futuro possuem muito mais do que apenas boas histórias: suas estéticas e conteúdos são exemplos perfeitos de que a arte e a diversão podem caminhar lado a lado quando os nomes por trás das obras são competentes o suficientes para tal.

Muito antes de sua consagração por Forrest Gump – O Contador de Histórias, Robert Zemeckis lançou seu melhor filme, a obra-prima que seria lembrada por muitos e muitos anos. Viajar no tempo sempre foi um tema fascinante, afinal, aproxima dois pólos distantes através de um único recurso, presente em qualquer ser humano: a imaginação. Imagine, então, reviver os grandes momentos da história, mas ao invés de livros e estudos, estar lá, presente, no local.

Steven Spielberg, na época já famoso por lançar suas principais obras-primas de início de carreira, resolveu apostar no roteiro escrito pelo próprio Zemeckis em conjunto de Bob Galé e produzir o longa. O resultado? Um dos filmes mais divertidos de todos os tempos, extremamente inteligente e com personagens marcantes – tanto heróis quanto vilões, todos são cativantes ao extremo e cheios de características próprias que os imortalizaram de imediato na história do cinema.

05 de Novembro de 1955

A história é espetacular e nos apresenta Marty McFly, um jovem normal, símbolo de sua geração, insatisfeito com seus pais (apesar de os amar), com uma bela namorada e perseguido no colégio pelo diretor, já que vive aprontando. É amigo do famoso Dr. Emmett Brown, um velho inventor considerado louco, que anuncia sua última e incrível invenção: a máquina do tempo.

A essa altura, todos já sabem o que acontece: devido a um imprevisto, Marty acaba indo parar no passado, exatamente na época em que sua mãe e seu pai se conheceram, e, por interagir com eles, acaba por alterar o futuro, pondo em risco sua própria existência. Com essa interferência, eles não se conheceram como deveriam e Marty passa então a sumir – sim, desaparecer! Disposto a não deixar que isso aconteça, ele ajuda seu pai a conquistar sua mãe, enfrenta a pose de Biff e ainda tenta arrumar uma maneira de retornar ao futuro!
O roteiro é perfeito e aproveita todas as oportunidades que seu tema propõe: Marty interage com seus pais, deve escapar da paixonite de sua mãe, deve enfrentar Biff, e como cada detalhe é explorado de maneira brilhante (onde, logicamente, não posso citar exemplos para não estragar a surpresa daqueles que ainda não viram o filme, se estes ainda existirem). Os diálogos são extremamente afiados, cheios de sub-textos e com um perfeito equilíbrio entre diversão e narrativa. Sempre levam o filme à frente, adicionam ao psicológico dos personagens e refletem em forma de palavra tudo aquilo que queríamos ver.
Não tenha a menor dúvida de que este filme é feito para ser visto muitas e muitas vezes, e a cada vez vista, novos detalhes serão descobertos. Perceba como cada mínimo detalhe serve para ligar presente / passado de maneira brilhante: a cidade, os moradores, o que não havia sido inventado... Há um problema ou outro quanto à lógica do longa, como por exemplo ficar sugerido que o cachorro do Doutor já existia 30 anos antes de 1985, mas como não é dito nada no filme, pode-se pensar na desculpa de que aquele cachorro que aparece em 1955 é apenas uma brincadeira. São míseros detalhes que não ganham nenhuma proporção perante ao complexo e bem construído mundo onde se passa a história.
De Volta Para o Futuro!

Se a história é complexa, detalhada e simplesmente cativante, a parte técnica teve de manter a altura do projeto para que tudo fosse crível e deixasse o público preso à história que estava sendo contada. O resultado é excelente e continua a funcionar mesmo depois de tantos anos de seu lançamento. Isso porque tudo é pensado, nada está na tela gratuitamente. Procure as ligações feitas pela arte, fotografia, direção com o futuro e verá que nada foi coincidência, nada foi por acaso.

As referências à época em que Marty vivia são explícitas e incrivelmente bem encaixadas: o que dizer, por exemplo, da aparição de Darth Vader? E a espetacular seqüência em que ele toca Chuck Berry e o diretor faz a brincadeira de que Berry poderia ter roubado a idéia da inovação de Marty? A todo o momento estamos sendo surpreendidos com pequenas brincadeiras como estas, rodeados por uma convincente construção de época, detalhada nas roupas, carros, costumes... Tudo funciona surpreendentemente bem.

A direção de Zemeckis merece um parágrafo à parte: sua sutileza na hora de apresentar o mundo de 85 para o público, sem subestimar nossa inteligência com narração, deixando que interpretemos cada tomada, e o modo como tudo muda em 55 é fantástico. A narrativa é leve, sempre para frente, sem se preocupar em explicar, cientificamente falando, as possibilidades de sua veracidade – por isso não considero a obra ficção, apenas com elementos da mesma. Por que, na verdade, não é isso que interessa para De Volta Para o Futuro. Temos de tudo: seqüências dramáticas, divertidas, ação, tudo balanceado e com efeitos especiais não para impressionar, apenas para tornar possível todos os elementos exigidos pela história.

O Delorean tem um design fantástico, e o modo como a história brinca com as possibilidades de se visitar o futuro são geniais – e exploradas de maneira ainda mais brilhantes e complexas no segundo filme da franquia. Quem, com mais ou menos mais do que vinte e cinco anos de idade, nunca quis ter um na garagem um dia? O efeito de foguinhos no chão tornou-se clássico de imediato, assim como diversas outras seqüências: a do relógio, a perseguição nas ruas, o baile... De uma ponta à outra, tudo o que você verá é necessário para a máquina interna e inesquecível para o público alvo.

O elenco foi uma daquelas peças fundamentais para tornar o filme imortal: desde Michael J. Fox até Crispin Glover, todos combinam perfeitamente com seus papéis e, assim como falei em outra certa crítica, deixou impossível imaginar outros rostos para tais papéis. Christopher Lloyd, como o Doutor Emmett Brown, é uma das figurinhas carimbadas da série e não poderia ter dado um tom mais certo ao seu personagem. Torço muito para que, se for mesmo realizado um quarto filme da série, todos aceitem retornar à seus papéis, e não que seja um mero remake com Michael J. Fox no papel do Doutor, como sugeriram alguns boatos.

E a trilha sonora? Uma das melhores da década: The Power of Love, Back in Time, Earth Angel, Johnny B. Goode, de Eric Clapton à Chuck Berry, a todo momento você estará sendo bombardeado pelas melhores composições que ambas as décadas têm a oferecer. Os efeitos sonoros também foram pensados com carinho, uma vez que detalhes importantes, como a viagem do Delorian e demais apetrechos sonoros deveriam ser adicionados ao longa. Som sempre preocupa, afinal, é peça fundamental de qualquer filme, e não é que tudo funciona? Quando tem que dar certo, parece que tudo ajuda e funciona mais do que deveria.

Finalmente de Volta

Quando tudo se resolve, temos a certeza de ter assistido a um dos filmes mais divertidos, cativantes e inteligentes de todos os tempos. Do início ao fim, uma aula de como se fazer cinema. Apesar de não parecer, é um prato cheio para todos que gostam de discutir sobre ciência, psicologia, ficção, viagem no tempo e muitos, muitos outros assuntos.

Parece ser fácil falar de um filme que se ama tanto, mas é impossível não ser parcial tamanha sua importância. Um filme bem realizado, completo, que mexe com todas as oportunidades que consegue criar. Se você ainda não assistiu a esta obra-prima, faça-o já. Vai ser uma experiência única, inesquecível e fascinante, assim como deve ser uma viagem no tempo de verdade. Pelo menos Robert Zemeckis nos faz sentir o gostinho de como poderia ser...

Por Rodrigo Cunha25/12/2005
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Esta é a crítica mais interessante que já lí sobre este filme que é uma paixão desde pré adolescente

domingo, 17 de junho de 2007

Gibran

Ninguém pode conviver sozinho com a beleza que é capaz de perceber. E quanto a nós, que buscamos o Absoluto, e que construímos um jardim usando a nossa própria solidão, a Vida nos deixou a imensa paixão para aproveitar cada instante, com toda a intensidade.

Eu....
















Zélia Duncan - Verbos Sujeitos

Olhos pra te rever
Boca pra te provar
Noites pra te perder
Mapas pra te encontrar
Fotos pra te reter

Luas pra te esperar
Voz pra te convecerRuas pra te avistar
Calma pra te entender

Verbos pra te acionar
Luz pra te esclarecer
Sonhos pra te acordar
Taras pra te morder

Cartas pra te selar
Sexo pra estremecer
Contos pra te encantar
Silêncio pra te comover...

Música pra te alcançar...
Refrão pra enternecer...
E agora só falta você
Meus verbos sujeitos ao seu modo de

me acionar
Meus verbos em aberto pra você me conjugar
Quero...vou...fui...não vi...voltei...

Mas sei que um dia de novo eu irei


Tocando em frente

Maria Bethania - Tocando Em Frente

Ando devagar porque ja tive pressa
E levo esse sorriso porque ja chorei demais..
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz quem sabe?
Eu so levo a certeza do que muito poco eu sei..
E nada sei..
Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor para poder pulsar..
É preciso paz para poder sorrir..
É preciso chuva para florir..
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente..
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada
Eu sou...e pela estrada eu vou...
Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor para poder pulsar..É preciso paz pra poder sorrir..
É preciso chuva para florir..Todo o mundo ama um dia..todo o mundo chora..
Um dia agente chega..o outro vai embora..
Cada um de nos compoe a sua historia..
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz...
Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor para poder pulsar..
É preciso paz pra poder sorrir..
É preciso chuva para florir..
Ando devagar porque ja tive pressa
E levo esse sorriso porque ja chorei demais..
Cada um de nos compoe a sua historia..
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz...de ser feliz..